Papo nada a ver com make-up, mas um assunto bem figura pra mim recentemente: tenho lido o livro "Asfalto Selvagem" de Nelson Rodrigues, e já alerto os menos advertidos: ele vicia!!!

Estou grudada no livro, ele realmente prende a atenção. O romance foi adaptado pra TV na minissérie "Engraçadinha - seus amores e seus pecados" exibido na Globo em 1995. O curioso é que estou gostando tanto do livro que fico lendo o livro e vendo a minissérie paralelamente (a minissérie também vende na internet).



Bom, lembro quando a minissérie passou em 95, fiquei com muita vontade de assistir (ficava curiosa e intrigada, que espécie de história é essa onde o nome da protagonista é 'Engraçadinha'???), mas como passava tarde da noite e eu estudava de manhã acabou que eu não assisti nada. Agora ela tá sendo reprisada no canal "Viva" da TV a cabo e minha curiosidade novamente foi despertada. Como não consegui acompanhar porque também passa tarde da noite, resolvi comprar o livro e, lendo o livro, quis ver a minissérie e fiquei nesse círculo vicioso livro-minissérie.

Devo admitir que o livro é beeeeeeeeem melhor que a minissérie, sem comparação meeesmo. Ao contrário do que ocorre na minissérie, o narrador do livro é onisciente e a gente entende melhor o que pensam os personagens e os motivos de seus atos. Na minissérie os acontecimentos ficam mais soltos e, por vezes, não se entende bem os comportamentos dos personagens, pelo menos não tão bem quanto no livro.

Devo tirar o chapéu pra atriz Maria Luísa Mendonça que, na minha opinião de leitora do livro, teve a melhor interpretação. No papel de Letícia, é incrível como ela conseguiu captar a essência e a riqueza da personagem!!! Passei a admirar demais essa atriz desde então (e me pergunto, será que ela leu o livro??).

Outro papel bem interpretado foi do Zózimo. Tão sem graça, subserviente e sem atrativos como no livro.

Não gostei da escolha do ator que representa o Dr. Arnaldo: no livro ele é magro, bem magro e achei que o Cláudio Corrêa e Castro não só não interpretou bem como não me convenceu de jeito nenhum. Não só pela discrepância no porte físico, mas pela interpretação em si no contexto da história. Bem diferente do Dr. Arnaldo do livro.

Enfim, é interessante como a alma humana é desvendada nesse livro, o ser humano em sua intimidade, fraquezas, sofrimentos e superações. Estou achando simplesmente maravilhoso... (sou suspeita, pois sou amante da alma humana em sua essência).